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sábado, 16 de março de 2019

Tipos de narrador.


1) Indique o tipo de narrador dos textos a seguir:
a) “Certa  vez, Pedro Malasartes, mineiro sanfoneiro, caipira famoso pela sua esperteza, foi chamado para resolver um caso interessante: as crianças de um pé de serra, lugar muito bonito e cheio de hortas e pomares bem cuidados, não queriam comer legumes e verduras de jeito nenhum.”

b)  “O imperador precisava achar um sucessor. Sem filhos, nem parentes próximos, ele decidiu chamar todas as crianças do reino. Thai foi uma delas. Ele era um ótimo menino. Dedicava-se ao jardim de sua casa e cada planta tocada por ele crescia viçosa e forte.”

c) “Como me foi pedido pelo Morgado Trelawnev, pelo doutor Livesey e pelos restantes cavalheiros para passar a escrito todos os detalhes relativos à ilha do Tesouro, do princípio até ao  fim, sem nada omitir a não ser a situação da ilha, mas isso apenas porque parte do tesouro ainda  está por desenterrar, pego na pena no ano da graça de 17..., e volto ao tempo em que o meu pai  tinha a hospedaria “Almirante Benbow”: e ao dia em que sob o nosso teto se alojou o velho marinheiro de face queimada e marcada por um golpe de sabre."
A ilha do tesouro – Robert Louis Stevenson

d) “Napoleão, quando eu nasci, estava já  em todo o esplendor da glória e do poder; era imperador e granjeara inteiramente a admiração dos homens. Meu pai, que à força de persuadir os outros da nossa nobreza, acabara persuadindo-se a si próprio, nutria contra ele um  ódio puramente mental.”
Memórias póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis

e)“De madrugada o homem acordou com a chuva castigando o telhado de zinco do seu barraco. Rolou na cama, virou pro lado, fingiu que não era com ele. Mas não tinha jeito de dormir. Experiente, o homem sabia que aquela chuva grossa e insistente era com ele mesmo.”

f) "Era uma vez um sapateiro tão pobre, tão pobre, que só lhe restava couro para um único par de sapatos. Certa noite, quando ia começar a fazê-lo, sentiu-se cansado. Apenas recortou uma tira de couro e deixou para terminar o serviço no dia seguinte."

g) "Ontem, antes de dormir, lembrei de uma história de quando eu era pequeno e a gente morava na casa de minha tia, no subúrbio. Não sei se foram meses ou anos, pareceu um tempo bem comprido. Se não fossem as implicâncias de minhas primas, até que eu teria sido feliz lá, por causa do quintal e do jardim."

h) "Um lenhador acordava às 6 da manhã e trabalhava o dia inteiro cortando lenha, só parando tarde da noite. Ele tinha um filho lindo de poucos meses e uma raposa, sua amiga, tratada como bicho de estimação e de sua total confiança. Todos os dias o lenhador ia trabalhar e deixava a raposa cuidando do bebê. Ao anoitecer, a raposa ficava feliz com a sua chegada."

i) "Não tínhamos dinheiro para passagem de ônibus a próxima cidade, de modo que meu amigo sugeriu irmos de trem de carga, a condução dos espertos. Quando anoiteceu, corremos a nos esconder num vagão vazio. Ofegantes, fechamos a pesada porta e nos estendemos sobre o chão. Estávamos cansados e famintos."



segunda-feira, 11 de março de 2019

Uso do por que, porque, por quê e porquê


Uso do por que, porque, por quê e porquê

Por que ( separado e sem acento ). A forma por que é a sequência de uma preposição (por) e um pronome interrogativo (que). Equivale a "por qual razão", "por qual motivo". É usado  quando inicia uma oração interrogativa
Ex: Por que você saiu? ( = por qual motivo)
      
Por quê ( separado e com acento). Caso surja no final de uma frase, imediatamente antes de um ponto (final, de interrogação, de exclamação) ou de reticências, a sequência deve ser grafada por quê, pois, devido à posição na frase, o monossílabo "que" passa a ser tônico.
Ex: Você saiu  por quê?
       Nós não vamos mais ao cinema por quê?

Porque ( junto e sem acento). A forma porque é uma conjunção, equivalendo a pois, já que, uma vez que, como. Costuma ser utilizado em respostas, para explicação ou causa.
Ex: Marcelo não foi à escola porque estava doente.
      O avião não decolou porque havia forte neblina pela manhã.

Porquê ( junto e com acento). Usado quando é substantivo, sinônimo de causa , razão ou motivo.  Por isso está geralmente precedido por um artigo: (o, os, um, uns)
Ex: Ninguém sabe o porquê de sua atitude tão violenta.
      Tudo na vida tem um porquê.

1) Complete adequadamente onde houver um asterisco com: por que, por quê, porque ou porquê:
a)  * seu irmão não veio com você?
b) Você ainda está aqui * ?
c) Não fizemos a reforma da casa * não temos dinheiro.
d) Alguém sabe o * de tanta seca?
e) * você não parou para conversar com seu amigo? * estou atrasado.
f) Faltei à reunião * fiquei doente.
g) Diga-me o * de sua tristeza.
h) Você foi embora tão depressa, *?
i) * ninguém me ajudou a fazer o trabalho?
j) * você não me telefonou?
k) Os homens vivem brigando, *?
l) A leitura é importante * nos permite conhecer o mundo.
m) Evito passar por aquele lugar à noite * as ruas são mal iluminadas.
n) Ela não contou *  estava tão magoada.
o) Os jovens querem saber o * de tudo!
p) Não fui para o litoral * estava chovendo.
q) O governador vetou o projeto * tinha razões políticas.
r) * não vieram os computadores?  * os caminhões de entrega foram assaltados.
s)  Não gostou do almoço, * ?
t) O armazém foi reformado * o teto oferecia perigo.
u) A fumaça eleva-se * é mais leve que o ar.
v) * você não respondeu todas as questões da prova?
w) Talvez você não saiba o * das regras.
x) Faltei à reunião * precisei viajar às pressas.
y) Não revele a ninguém o * de nossa viagem.
z) O professor estava impaciente com os * dos alunos.