Blog da professora Luciana Zima. Um blog para compartilhar atividades de língua portuguesa.
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
O estranho caso da barata
Olá!
O texto que posto hoje é da turma do 5° ano A de 2013. Eu estava corrigindo tarefas na lousa e um dos meus alunos viu uma barata no caderno de um colega, embaixo da carteira. O caos se instalou na sala. As minhas alunas quase desmaiaram de tanto medo e os meninos queriam matar a barata de qualquer jeito. Como estava trabalhando relato de memórias, naquela ocasião, aproveitei o acontecido para relatarmos o dia que uma barata intrusa apareceu na sala.
O estranho caso da barata
Tudo aconteceu nos últimos dias de novembro, precisamente no dia vinte e oito, quando estudávamos no 5° ano A, na escola da prefeitura de Guarulhos, Mário Quintana.
A professora Luciana estava fazendo a correção da lição de língua portuguesa e, por incrível que pareça, nós estávamos quietos, concentrados e corrigindo os exercícios.
Em um determinado momento, o Matheus, um aluno muito arteiro, comentou:
__Professora, tem uma barata embaixo da carteira do Eduardo, no arame do caderno dele.
A princípio, a professora pensou se tratar de mais uma brincadeira do Matheus, porém resolveu averiguar e foi neste momento que o caos se instalou na sala.
Ao chegar perto da carteira do Eduardo, um outro aluno, o Luís Gabriel, muito afoito, se antecipou, pegou o caderno e a barata saiu correndo desesperada com o nosso desespero.
Vários meninos tentando pisar na barata, enquanto as meninas gritavam em pânico. Não é necessário dizer que, neste momento, todas elas já tinham subido nas cadeiras e até na carteiras com medo daquele bichinho nojento.
Era tamanha gritaria e confusão que a professora Luciana não sabia se corria para matar a barata ou se ela gritava de medo junto com as meninas.
Enfim, o nosso colega Vinicius conseguiu pisar na barata e a professora para certificar que ela estava morta, pisou também.
Mesmo vendo a barata estatelada, as meninas estavam histéricas com o inseto. O Luís Gabriel encheu-se de coragem, pegou a barata pela antena e jogou-a no lixo.
Demorou muito para a tranquilidade se restabelecer na sala. Os alunos só queriam falar do assunto. As meninas então!!! Quanta agitação! Foi difícil acalmá-las.
Não se sabe ao certo como esse bicho asqueroso apareceu, mas o Eduardo garantiu que não usaria mais o caderno e que queria mesmo é jogá-lo fora.
autores: Alunos do 5° ano A
Baseado em fatos reais
Escriba: Professora Luciana
domingo, 24 de novembro de 2013
Exemplo de artigo de opinião adequado ao tema proposto
A seguir vocês terão alguns exemplos de artigos de opinião bem redigidos, adequados ao tema, ao número mínimo de linhas, às normas gramaticais, enfim, salvo alguns errinhos, ficaram bons.
terça-feira, 19 de novembro de 2013
Interpretação de texto
Para os alunos que não fizeram o simulado I, estou disponibilizando uma outra interpretação. Lembrando que deverá ser entregue em folha de caderno com nome, número e série e apenas o gabarito, ou seja, o número da questão e alternativa escolhida. Para sexta-feira (22/11/2013)
PEDRO – O HOMEM DA FLOR
Se você se enquadra entre aqueles que
se dizem boêmios ou, pelo menos, entre aqueles que costumam ir, de vez em
quando, a um desses muitos barezinhos elegantes de Copacabana, é provável que
já tenha visto alguma vez Pedro – o homem da flor. Se, ao contrário, você é de
dormir cedo, então não. Então você nunca viu Pedro – o homem da flor – porque
jamais ele circulou de dia a não ser lá, na sua favela do Esqueleto.
Quando anoitece, Pedro pega a sua
clássica cestinha, enche de flores, cujas hastes teve o cuidado de enrolar em
papel prateado, e sai do barraco rumo a Copacabana, onde fica até alta
madrugada, entrando nos bares – em todos os bares, porque Pedro conhece todos –
vendendo rosas. Quando a cesta fica vazia, Pedro conta o que conseguiu ganhar
naquele dia e vai comer qualquer coisa no botequim mais próximo. Depois volta
para casa como qualquer funcionário público que tivesse cumprido zelosamente
sua tarefa, na repartição a que serve.
Conversei uma vez com Pedro – o homem
da flor. Já o vinha observando quando era o caso de estar num bar em que ele
entrava. Via-o chegar e dirigir-se às mesas em que havia um casal. Pedia
licença e estendia a cesta sobre a mesa. Psicologia aplicada, dirão vocês, pois
qual o homem que se nega a oferecer uma flor à moça que o acompanha, quando se
lhe apresenta a oportunidade? Sim, talvez Pedro seja um bom psicólogo, mas,
mais do que isso, é um romântico. Quando o homem mete a mão no bolso e pergunta
quanto custa a flor, depois de ofertá-la à companheira, Pedro responde com um
sorriso:
— Dá o que o senhor quiser, moço. Flor
não tem preço.
Como eu ia dizendo, conversei uma vez
com Pedro e, desse dia em diante, temos conversado muitas vezes. Ele sabe de
coisas. Sabe, por exemplo, que a rosa branca encanta as mulheres morenas,
enquanto que as louras, invariavelmente, preferem rosas vermelhas. Fiel às suas
observações, é incapaz de oferecer rosas brancas às mulheres louras, ou vice-versa.
Se entra num bar e as flores de sua cesta são todas de uma só cor, não
coincidindo com o gosto comum às mulheres presentes, nem chega a oferecer sua
mercadoria. Vira as costas e sai em demanda de outro bar, onde estejam mulheres
louras, ou morenas, se for o caso.
O pequeno buquê de violetas – quando
as há – é carinhosamente arrumado pelas suas mãos grossas de operário, assim
como também as hastes prateadas das rosas. Saibam todos os que se fizeram
fregueses de Pedro – o homem da flor – que aquele papel prateado artisticamente
preso na haste das rosas e que tanto encanta as moças foi antes um prosaico
papel de maços de cigarros vazios, que o próprio Pedro recolheu por aí, nas
suas andanças pela madrugada.
Sei que Pedro ama a sua profissão,
tira dela o seu sustento, mas acima de tudo esforça-se por dignificá-la. Não vê
que seria um mero mercador de flores! Lembro-me da vez em que, entrando pelo
escuro do bar, trouxe nas mãos a última rosa branca para a moça morena que
bebia calada entre dois homens. Quando os três levantaram a cabeça ante a sua
presença, pudemos notar – eu, ele e as demais pessoas presentes – que a moça
era linda, de uma beleza comovente, suave, mas impressionante. Pedro
estendeu-lhe a rosa sem dizer uma palavra e, quando um dos rapazes quis
pagar-lhe, respondeu que absolutamente não era nada. Dava-se por muito feliz
por ter tido a oportunidade de oferecer aquela flor à moça que ali estava. E
sem ousar olhar novamente para ela, disse:
_ Mais flores eu daria se mais flores
eu tivesse!
Assim é Pedro – o homem da flor.
Discreto, sorridente e amável, mesmo na sua pobreza. Vende flores quase sempre
e oferece flores quando se emociona. Foi o que aconteceu na noite em que, mal
chegado a Copacabana, viu o povo que rodeava o corpo do homem morto, vítima de
um mal súbito. Só depois é que se soube que Pedro o conhecia do tempo em que
era porteiro de um bar no Lido. Na hora não. Na hora ninguém compreendeu,
embora todos se comovessem com seu gesto, ali abaixado a colocar todas as suas
flores sobre as mãos do homem morto. Pois foi o que Pedro fez, voltando em
seguida para a sua favela do Esqueleto.
Naquela noite não trabalhou.
PONTE PRETA, Stanislaw. Dois amigos e
um chato. São Paulo: Moderna, 1986. p. 5-6.
1)A personagem Pedro vendia flores em
(A) bares de Copacabana.
(B) favelas no Esqueleto.
(C) portarias no Lido.
(D) repartições públicas.
(E) nenhuma das anteriores.
2)No segundo parágrafo, o narrador
relata o sucesso da venda de flores quando Pedro
(A) enrola as hastes em papel
prateado.
(B) enrola as hastes das flores e
sai.
(C) entra nos bares e fica até de
madrugada na rua.
(D) conta o dinheiro e vai comer.
(E) Nenhuma das anteriores.
3)O fato que origina a crônica é a
observação do narrador sobre
(A) o comportamento do vendedor.
(B) a disposição das mesas do bar.
(C) o mistério das mulheres.
(D) a organização das flores no cesto.
(E) nenhuma das anteriores.
4)O
narrador apresenta a fala do personagem na seguinte passagem:
(A)
“Conversei uma vez com Pedro – o homem da flor”.
(B)
“Sim, talvez seja um bom psicólogo”.
(C) “– Mais flores daria se mais
flores tivesse”.
(D) “Assim é Pedro – o homem da flor”.
(E) nenhuma das anteriores.
5)Do
trecho ”Naquela noite não trabalhou”, pode-se deduzir que a personagem
(A) deixara todas as suas flores no
chão.
(B) era uma pessoa cheia de amargura
(C) estava cansado de vender flores.
(D)
ficara triste com a morte do colega.
(E)
nenhuma das anteriores.
6)O narrador conta a trajetória
profissional de seu personagem com
(A) hostilidade e arrogância.
(B) tristeza e arrependimento.
(C) espanto e simpatia.
(D) ironia e desprezo.
(E) nenhuma das anteriores.
No dia 1°, o fiscal me impediu de expor
na feira do Trianon. Me inscrevi em 2004, fiz teste de aptidão, paguei taxas de
uso de solo e de licença, e comecei a trabalhar na semana seguinte. O juiz que
cassou a liminar provavelmente nem leu o processo. Nossa advogada anexou
documentos provando a legalidade dos expositores que estão com problemas porque funcionários da Prefeitura
perderam os documentos de quem fez teste em 2004. Nós, artesãos, criamos
objetos de arte considerados cultura no mundo todo menos no Brasil. E, aos 63 anos, não
tenho perspectiva de conseguir outro trabalho.
José Eduardo Pires
Vila Maria Alta
A Prefeitura responde:
Com referência à feira do Trianon,
jamais houve perda de documentos. No início de 2006, a Sub Pinheiros
entregou as pastas de documentação para a Sub Sé. Na análise técnica do material,
viu-se que havia expositores trabalhando irregularmente, sem que as aprovações
fossem publicadas no Diário Oficial da Cidade de São Paulo, obrigatórias para
que a comunidade saiba quem foram os aprovados e as atividades para as quais
estão autorizados.
Andrea Matarazzo
Secretário das Subprefeituras e Subprefeito da
Sé
(São Paulo Reclama. O Estado de S.Paulo, 12 de agosto
de 2007, p. C2)
7)A carta do leitor identificado acima tem a
finalidade de
(A) defender a venda de produtos de artesanato,
como símbolos de cultura.
(B) queixar-se do fato de ter sido impedido de
trabalhar numa feira de artesanato.
(C) dirigir-se ao juiz que desconsiderou as
razões apresentadas por uma advogada.
(D) solicitar a interferência de uma advogada
para defender seus direitos.
(E) nenhuma das anteriores.
Há
um desgaste mais doloroso que o da roupa, e é o da linguagem, mesmo porque sem
recuperação. Certa moça dizia-me de um seu admirador entrado em anos, homem que
brilhava no Rio de Machado de Assis e Alcindo Guanabara:
–
Ele é tão velho, que me encontrando à porta de uma perfumaria disse: Boa ideia,
vou te oferecer um vidro de água de cheiro!
(ANDRADE,
Carlos Drummond de. Confissões de Minas. Rio de Janeiro: Aguilar, 1967.
p.601.)
8) No primeiro
parágrafo, o autor deixa claro que há
(A) várias línguas no
Rio de Janeiro.
(B) uma língua de
Machado de Assis.
(C) mudanças naturais
na linguagem.
(D) somente uma
linguagem no texto.
(A)
a água deve ser inodora.
(B)
a moça prefere perfume.
(C)
o galanteador da moça era idoso.
(D)
o admirador não gosta de perfume.
10) A expressão "homem
que brilhava no Rio de Machado de Assis e Alcindo Guanabara", que
aparece em crônica publicada em 1944, faz pensar que
(A)
o personagem era amigo de Machado e Alcindo.
(B)
o homem referido era contemporâneo dos dois autores.
(C)
havia um brilho especial nesses dois autores.
(D)
havia outros escritores brilhantes no Rio de Janeiro.
Artigo de opinião
As oitavas séries terão que fazer um artigo de opinião no Saresp. Vamos colocar em prática os estudos que tivemos em sala. Agora é o momento. Estou disponibilizando os textos e a proposta de produção de artigo de opinião que foi solicitado no Saresp 2012. Leiam os textos que versam sobre o assunto polêmico e façam o artigo de opinião. Deverá ser redigido em folha de caderno com nome, número e série e entregue à professora até sexta-feira, dia 22/11/2013.
Apresentação
Atualmente,
com o desenvolvimento tecnológico e, consequentemente, a facilidade de acesso a
conteúdos disponíveis na internet e a criação
de redes sociais, pais , educadores e profissionais de diversas áreas
têm discutido qual a maneira mais adequada de acompanhar crianças e
adolescentes no ambiente virtual .
Pensando nisso, a revista mensal Jovens
Cidadãos Conectados fez um desafio a seus leitores adolescentes, que
consiste em escrever um artigo de opinião a respeito dessa temática.
Para obter
mais informações sobre o assunto, leia os textos a seguir:
Texto I
Um
determinado programa antivírus, destinado a pais que querem acompanhar de perto
o que seus filhos fazem na internet,
afirma ser “ a solução definitiva para
proteger crianças e adolescentes na internet”. Garante também que, por meio “
de suas ferramentas inovadoras e fáceis de usar, você poderá monitorar seu
filho nas conversas MSN e também em tudo
que ele posta no Orkut, Facebook, Twitter e outras redes sociais. Além disso, com esse programa, você
bloqueia sites, conteúdos impróprios e restringe o acesso ao Youtube de acordo com o conteúdo dos vídeos.”
Esse programa
promete ainda:
·
Monitoramento
das conversas feitas pelo MSN e outros programas de bate-papo.
·
Controle
do número de horas de uso e faixa horária para utilização da internet.
·
Bloqueio
de sites impróprios.
·
Registro
e informação de quando algum dado
pessoal é divulgado no Facebook,
Twitter, Orkut ( redes sociais), blogs e fóruns.
·
Bloqueio
de sites como Facebook, Twitter, Orkut ( redes sociais)
·
E-mails
de alerta para quando seu filho tentar acessar um site público.
·
Filtro
de conteúdo no Youtube: bloqueia vídeos com conteúdo ofensivo.
·
Identificação
e bloqueio automático de nudez.
·
Bloqueador
de palavras-chave impróprias como : ‘Sexo’ e ‘ Drogas’.”
Texto II
Programa permite que pais
monitorem acesso dos filhos à internet: Invasão de privacidade ou proteção?
Um autêntico programa de espionagem no
computador dos filhos. Assim pode ser definido o mouse com escuta ambiental
através de chip GSM, um verdadeiro sonho de consumo de pais excessiva ou
compreensivelmente preocupados com o que sua prole anda vendo e fazendo na
internet. O dispositivo permite ainda ouvir as conversas que acontecem enquanto
o computador está sendo utilizado.
Tudo o que é preciso fazer é deixá-lo
conectado à USB do computador, pois funciona normalmente como um mouse óptico.
E o melhor: ainda que o computador esteja desligado, ele continua fornecendo
energia ao mouse. Além disso, possui bateria interna para continuar funcionando
mesmo estando desconectado.
Contra o método
A psicóloga Alessandra Freitas não aprova
esse tipo de equipamento. “Como mãe, não utilizaria esse equipamento com os
meus filhos. Como psicóloga, não aprovo. Acredito que esse tipo de subterfúgio
criaria um distanciamento ainda maior entre pais e filhos, em vez de aproximar
e possibilitar o diálogo entre eles”, argumenta.
Ela ainda
acrescenta: “Por outro lado, compreendo a preocupação dos pais em relação ao
uso da internet, mas não acredito que a instalação de um mouse com esse recurso
amenizaria o problema.”
Proposta de
redação
Essa é a sua
oportunidade defender seu ponto de vista em relação a este tema polêmico. Com
base nos textos I e II, escreva um artigo de opinião defendendo seu ponto de
vista sobre o tema: “ Pais, filhos e internet: invasão de privacidade ou
proteção indispensável?”
Observações:
1- Dê um título para seu texto.
2- Escreva seu texto na modalidade
culta ( norma-padrão) da língua portuguesa.
3 – Escreva seu texto com caneta azul ou preta.
terça-feira, 29 de outubro de 2013
Simulado 1
Febre
consumista
Enquanto a China
inteira lamentou o aparecimento da pneumonia asiática , ou SARS , o mercado de
carros novos só teve motivos para comemorar. A doença contagiosa que obrigou chineses
a usar máscaras cirúrgicas e evitar o contato com multidões provocou uma
redução nas viagens em transportes coletivos.
Ninguém mais quis
saber de se apertar em ônibus ou metrô e correr o risco de ser infectado. Quem
pôde tirou o dinheiro do banco e comprou seu automóvel próprio, para poder
circular pelas cidades com o mínimo de contato humano possível.
As lojas de carros
ficaram cheias e os vendedores celebraram o aumento nas vendas. Só em Pequim, o
número de veículos emplacados cresceu 21%, enquanto a Shanghai Automotive Industry
anunciou que suas vendas no país aumentaram em 30%. Por outro lado, a
apresentação de novos modelos foi adiada, pois os executivos estrangeiros
estavam com medo, na época, de viajar para o país.
Fonte: Adaptado de Quatro
Rodas. São Paulo, 515 ed., p. 21, jun. 2003.
1)O
tema central do texto é o
a.
aparecimento
da pneumonia asiática.
b.
aumento
nas vendas de carros novos na China.
c.
uso
de máscaras cirúrgicas pelos chineses.
d.
risco
de ser infectado nos ônibus e metrôs.
e.
aumento
de retirada de dinheiro dos bancos.
2)
O objetivo que gerou a “febre consumista” foi
a.
lamentar
o aparecimento da pneumonia asiática.
b.
incentivar
viagens em transportes coletivos.
c.
diminuir
as possibilidades de contato humano.
d.
aumentar
a circulação de veículos no país.
e.
introduzir
novos modelos no mercado de carros.
3)
Assinale a alternativa em que o termo destacado foi corretamente substituído
pelo pronome correspondente.
a.
obrigou
chineses = obrigou-lhes
b.
evitar
o contato = evitá-lo
c.
provocou
uma redução = provocou-la
d.
correr
o risco = correr-lo
e.
celebraram
o aumento = celebraram-o
A
importância mundial do gás natural
Segundo as
estimativas do Ministério de Energia dos Estados Unidos, o crescimento do consumo
mundial de gás natural gira em torno de 2,2% anuais. Isso é válido para os
próximos 20 anos. Trata-se de uma taxa de crescimento superior à do consumo de
petróleo − 1,9% − e de carvão − 1,6% (“International Energy Outlook 2004,
Washington: Departament of Energy”).
A taxa de crescimento
do consumo nos países em desenvolvimento é ainda mais alta − cerca de 2,9% ao
ano. Em 2025, o consumo de gás natural nesses países terá dobrado em relação a 2001.
A evolução do consumo
desse energético vem sendo acompanhada com muita atenção porque o gás natural
constitui um substituto adequado e flexível para o petróleo, que escasseia ano
a ano. Ademais, as reservas conhecidas de gás natural são suficientes para o
consumo mundial durante 61 anos.
As maiores reservas
de gás natural estão no Oriente Médio, no Leste Europeu, na Nigéria e nos
países da ex-União Soviética. Mas o Brasil não está mal nesse campo. Pesquisas
recentes descobriram reservas substanciais nas Bacias de Campos e Santos, além
de outras regiões. E a Petrobrás está adiantada na construção de grandes
gasodutos.
(...)
Fonte: MORAES, A. E. Folha
de S. Paulo, São Paulo, 29 maio
4) Segundo o texto, o
gás natural
a. foi intensamente
consumido em todo o Brasil nos últimos 20 anos.
b. teve uma taxa de
crescimento de consumo igual à do petróleo.
c. é tão consumido
quanto o carvão nos países em desenvolvimento.
d. tem reservas
suficientes para o consumo mundial por tempo indeterminado.
e. pode substituir o
petróleo, cujas reservas estão cada vez mais escassas.
5)O
texto sugere que o Ministério de Energia dos Estados Unidos, de acordo com o
texto,
a.
pesquisa
o baixo consumo de petróleo em diversos países.
b.
analisa
o recente decréscimo de consumo de gás natural.
c.
tem
construído grandes gasodutos no Oriente Médio.
d.
avalia
o crescimento do consumo mundial de gás natural.
e.
desconfia
da qualidade das substanciais reservas brasileiras.
Café em excesso
prejudica concentração
Bem dosada, a
principal arma dos vestibulandos contra o sono pode aumentar a atenção,
favorecendo a preparação para as provas. Em excesso, no entanto, o café gera
mais estresse e dificulta o raciocínio do candidato, atrapalhando os seus estudos.
Tanto o lado positivo
quanto o negativo têm relação com os efeitos estimulantes da cafeína. Pelo lado
bom, a substância ajuda o estudante a ficar mais alerta. Se está com sono ou
cansada, a pessoa tende a encontrar mais dificuldade para se concentrar, o que
dificulta o aprendizado.
Mas, se o café for
consumido em excesso, o aluno pode ficar agitado demais. Isso faz com que,
diferentemente do desejado, o estudante fique mais disperso, impaciente e com
dificuldade de se concentrar em um mesmo exercício por muito tempo.
Segundo
especialistas, o vestibulando não deve passar de três xícaras por dia. “O café
é interessante para estudar. Há estudos que mostram que alunos que tomavam café
com leite pela manhã tinham desempenho escolar superior aos que só tomavam
leite. Mas, se passar de três xícaras, gera estresse porque é um estimulante do
sistema nervoso central. O vestibulando pode ficar trêmulo, sem paciência,
interferindo em sua concentração”, disse o médico Durval Ribas Filho, presidente
da Associação Brasileira de Nutrologia e professor da Faculdade de Medicina de
Catanduva.(...)
Fonte: Folha de S.
Paulo.
FOVEST Especial, p. 3, out. 2004.
6) A afirmativa
correta, de acordo com o texto, é:
a. A principal arma
contra o estresse é o consumo intenso de café.
b. Se consumido em
excesso, o café facilita o raciocínio das pessoas.
c. Tomar uma xícara de café
com leite é prejudicial ao sistema nervoso central.
d. O consumo excessivo
de café pela manhã melhora o desempenho escolar.
e. O café, quando
consumido em dosagem adequada, facilita a concentração.
7) A ideia central do texto está expressa da
seguinte forma:
a. Café em excesso
favorece a preparação para as provas.
b. Os vestibulandos
devem combater o sono tomando bastante café.
c. Doses elevadas de
café causam danos ao raciocínio e à atenção do estudante.
d. A cafeína provoca
efeitos que podem causar sonolência e outros distúrbios.
e. Café em excesso gera
mais estresse, mas melhora a concentração.
Você
sabia que... o Carnaval é mais antigo do que o samba?
Eles parecem ter sido
feitos um para o outro, mas têm quase 2 mil anos de diferença de idade. O
Carnaval nasceu na Roma antiga, passou firme pela Idade Média e, no Brasil, no
século 18, já era uma festa popular importante, mas a primeira marchinha só
apareceu em 1899, e o primeiro samba é só de 1916. Durante o tempo em que a
festa e a música viveram separados, o Carnaval brasileiro dançou no ritmo de
batuques, valsas, polcas e até sem música alguma. Os primeiros carnavais por
aqui, chamados de entrudos, eram assim, um pouco mais que um empurra-empurra
que, durante quatro dias, espalhava pelas ruas xingamentos, correrias,
perseguições, água, farinha, ovos podres, fuligem, lama e piche. A arma mais
comum de quem “entrudava” era o limão-de-cheiro, uma bola de cera do tamanho de
uma laranja cheia de perfume ou mesmo água suja. A violência dos foliões, a
maioria escravos ou negros livres, era tanta que fazia muitos brancos sair da
cidade ou se refugiar nos bailes de salão. Marchinhas com letra e melodia
surgiram com a compositora Chiquinha Gonzaga ( ) autora de “Ó abre alas” ( ) em
1899 ( ) Já o samba “Pelo Telefone”, de Donga, estourou logo que foi criado, em
1916, e foi “estandarte de ouro” do ano seguinte.
Fonte: adaptado de NARLOCH,
L. Aventuras na História. Revista Superinteressante. n. 6, p. 16, fev.
2004.
8. Em “Eles parecem ter
sido feitos um para o outro...”, a palavra Eles se refere
a. a Roma, à Idade Média
e ao Brasil.
b. à Idade Média, ao
século 18 e a 1899.
c. ao Brasil, à festa
popular e à marchinha.
d. ao Carnaval, à
marchinha e ao samba.
e.
ao
entrudo, ao samba e ao Brasil.
Novo
dicionário
Qual não foi o pasmo
de Matias ao abrir em casa o dicionário de Português que comprara para o filho
colegial, e verificar que ele era todo feito de palavras cruzadas.
– O garoto não vai
estudar palavras cruzadas, vai estudar Português – explicou ao balconista da
livraria, pedindo a troca do volume.
– O dicionário está
certo – respondeu-lhe o rapaz.
– Como está certo, se
não começa pela letra A e termina pela letra Z, a exemplo de todos os
dicionários de Português desde que a língua existe?
– Estou vendo que o
senhor não acompanhou a evolução do Português. Com as últimas aquisições da
ciência linguística e as recentes pesquisas lexiológicas, e mais o uso
literário da língua, o Português é hoje considerado jogo de palavras cruzadas.
Cruzadíssimas.
– Hem? Não estou
entendendo.
– Não precisa
entender, desde que o senhor tenha habilidade para decifrar palavras cruzadas. Mestres
universitários da maior categoria assim resolveram, e os editores lançaram
dicionários de acordo com os novos moldes. Procure ler os tratados e revistas
de lexiologia, os estudos sobre linguagem, os ensaios de crítica literária, as
dissertações universitárias. Tudo palavras cruzadas. Seu filho ainda não tem a
nova gramática cruzacional? É indispensável. E muito cuidado no cruzamento das
ruas. As placas também vão cruzar.
Fonte: DRUMMOND DE
ANDRADE, C. O sorvete e outras histórias, 4. ed. São Paulo: Ática, 1997,
p. 52.
9) Está presente no
texto a ideia de que os atuais estudos do Português tornaram os novos
dicionários e gramáticas
a. bem mais
estimulantes.
b. pouco compreensíveis.
c. muito mais
divertidos.
d. bastante rigorosos.
e. bastante
desafiadores.
10) Quando Matias
descobriu que o novo dicionário de Português era feito de palavras cruzadas,
ele
a. ficou espantado.
b. criticou a livraria.
c. temeu que o filho o
visse.
d. comprou-o mesmo
assim.
e. desistiu de
comprá-lo.
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